Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA): A decisão ocorre após um aumento de 19% nos crimes de ódio contra muçulmanos no ano encerrado em março de 2025, além de ataques recentes a mesquitas em Southport, Hull e Sunderland. Com isso, o total de recursos destinados à segurança de instituições islâmicas neste ano já ultrapassou 39 milhões de libras.
Ao anunciar a medida, o Primeiro-Ministro afirmou que “um ataque a qualquer comunidade é um ataque a toda a nação”, enfatizando que os recursos têm como objetivo garantir que os muçulmanos possam “viver em segurança e paz”.
Durante uma visita a uma mesquita em Peacehaven, recentemente alvo de um ataque incendiário, a Ministra do Interior condenou o incidente como um “crime odioso” e destacou o compromisso do governo em defender firmemente a liberdade religiosa. Os novos recursos serão usados para câmeras de segurança, sistemas de alarme, cercas protetoras e serviços de vigilância.
No entanto, a medida ocorre em meio ao aumento das tensões entre o governo trabalhista e a comunidade muçulmana no Reino Unido.
A controvérsia se intensificou depois que a polícia local, seguindo recomendações consultivas, decidiu impedir que torcedores de um time de futebol israelense comparecessem a uma partida em Birmingham no dia 6 de novembro — decisão posteriormente criticada pelo Primeiro-Ministro como “errada”. Moradores muçulmanos de Birmingham alertaram que os apoiadores da equipe já haviam se envolvido em comportamentos racistas e violentos em Amsterdã.
A postura do governo, vista como priorizando torcedores israelenses, provocou indignação entre grupos muçulmanos e levou a protestos em frente ao escritório da parlamentar trabalhista Shabana Mahmood.
Observadores descrevem o episódio como o mais recente sinal de uma crescente divisão entre os muçulmanos e o Partido Trabalhista, um afastamento que começou com o apoio inabalável do governo ao regime israelense durante a guerra em Gaza e que contribuiu para a vitória de vários candidatos muçulmanos independentes em círculos eleitorais tradicionalmente trabalhistas nas eleições de 2024.
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